Há quem odeie, há quem adore. Mas não é fácil gostar, à
partida, de cabeças de nabo. O seu sabor intenso e amargo faz muitas
crianças fugirem dele como o diabo da cruz. E nem todas fazem a reconciliação, mais tarde na vida. Mas vale a
pena dar-lhe uma segunda oportunidade.
Apesar de mal amado – herança do tempo em que os ricos o
afastaram das suas mesas por ser tão comum nas dos pobres – o nabo tem
qualidades que deviam fazer dele uma presença mais frequente nas nossas refeições.
É leve, pouco calórico, rico em nutrientes importantes e de fácil digestão.
Tem um efeito benéfico para quem sofre de artrite
reumatóide, ajuda a descongestionar os pulmões de quem tem asma ou bronquite,
protege a saúde do cólon e previne a aterosclerose.
Os japoneses comem-no cru, ralado, acompanhando sushi e
sashimi. Tem a função de neutralizar o sabor de cada peixe e preparar o paladar
para o seguinte. Por isso, comem um pouco de nabo antes de passar para um tipo
de peixe diferente.
Experimente fazer o mesmo, acrescentando-o às suas saladas.
Nesta forma, é óptimo para acompanhar fritos, pois dá uma boa ajuda na
digestão.
Mas para quem, definitivamente, não gosta de nabo, é fácil
disfarçar o seu sabor na base de sopas e cremes, misturando outros legumes mais
doces.
Fora de culinárias:
Há quem goste de tirar nabos da púcara, mesmo que não seja
para saboreá-los. Diz-se de quem procura saber da vida dos outros através de
rodeios, ou seja, meta conversa para satisfazer a curiosidade acerca de algum
assunto, mas nunca o assumindo diretamente.
Sem comentários:
Enviar um comentário